A 500 dias da Copa, pós-Mundial dos estádios preocupa
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Vista interna da Arena da Amazônia, em Manaus
Entre atrasos e estouros milionários no orçamento, os 12 estádios da Copa de 2014 devem ficar prontos a tempo da competição.
Difícil é saber como
mais da metade dessas arenas vai se manter quando o Mundial acabar.
Faltam
torcedores, times interessados e até jogadores para preencherem as
arquibancadas de estádios erguidos a um custo hoje estimado em R$ 7
bilhões.
Segundo dados da CBF, os clubes amazonenses têm hoje
apenas 72 jogadores profissionais registrados. Isso significa que,
incluindo reservas, seria possível montar apenas quatro equipes em todo o
Estado.
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Assim,
um campeonato de turno e returno teria 12 jogos. Mesmo que todos fossem
disputados no Vivaldão, o estádio de Manaus para a Copa, futebol será
algo raro na arena.
Em
Cuiabá a situação não é muito diferente. Os clubes da região
metropolitana da capital de Mato Grosso não têm hoje juntos cem
jogadores profissionais.
Brasília ergue um dos mais suntuosos
estádio para o Mundial. O novo Mané Garrincha abrigará mais de 60 mil
pessoas. Na primeira rodada do Brasiliense de 2013, a média de público
foi de 1.154 pagantes. O maior sucesso de bilheteria,
Sobradinho x Capital, reuniu 2.393 torcedores. Isso com ingressos que
custam a partir de R$ 1.
No Nordeste, o desafio é convencer os maiores clubes da região a usarem os quatro estádios na região erguidos para o Mundial.
Na capital cearense, Ceará e Fortaleza já tiraram jogos do inaugurado Castelão por causa dos altos custos para sua utilização.
Em
Natal, a Arena das Dunas também tem um futuro
incerto. Se precavendo contra situação semelhante, o América optou por
construir seu próprio estádio. O ABC também não pretende abrir mão de
seu campo, o Frasqueirão.
Em Pernambuco, só o Náutico já
concordou em jogar na arena do Estado para o Mundial. O Sport tem um
ambicioso plano de reforma da Ilha do Retiro. O Santa Cruz não abre mão
do Arruda.
Os dois clubes mais populares
do Estado consideram que podem arrecadar mais explorando suas próprias arenas.
Em
Salvador, o Vitória, apesar da pressão de todos os lados, não pretende
trocar o Barradão pela nova Fonte Nova. Em Belo Horizonte, o Atlético-MG
também reluta em mandar seus jogos no Mineirão.
Monitoramento/ME
Aérea da Arena das Dunas, em Natal
Fonte: http://esportes.br.msn.com/copa-2014/noticias/artigo-espn.aspx?cp-documentid=255945409